De Homens Gays para Homens Gays: Uma Pesquisa que Pode Mudar Tudo

De Homens Gays para Homens Gays: Uma Pesquisa que Pode Mudar Tudo

Como anda a saúde de homens gays? Pesquisa quer descobrir; participe
 
Você sabia que existe uma pesquisa feita por homens gays para homens gays, com o objetivo de entender como anda a saúde física, mental e sexual dessa comunidade?

Ela se chama LAMIS, uma sigla para Latin America MSM Internet Survey, que pode ser traduzido como Pesquisa Online com Homens que Fazem Sexo com Homens na América Latina. Ela conta com a participação de pesquisadores, ativistas e serviços de saúde que realmente se importam com a saúde dessa população.
Acaba de ser lançada a edição 2025 do LAMIS, que pretende ser ainda maior que a sua primeira edição, que foi realizada em 2018 e teve mais de 64 mil participantes, sendo 12 mil só do Brasil.

O LAMIS é uma pesquisa totalmente anônima e online, que pode ser respondida em apenas 15 minutos, direto do seu celular. As perguntas abordam temas como prevenção, testagem, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), saúde mental, uso de substâncias, violência, discriminação e acesso a serviços de saúde. Tudo aquilo que faz parte da vivência desse grupo, mas que quase nunca é escutado de verdade. O link para acessar a pesquisa é esse aqui.
É importante saber que essa não é uma pesquisa idealizada só para saber quantas vezes você transou sem camisinha ou fez teste de HIV. Ela pretende entender a vida real dos homens gays e bissexuais. Por exemplo: por que tem tanta gente que sabe que devia se testar, mas não consegue ou tem medo de fazer isso? Por que tantos nesse grupo estão tomando ansiolítico escondido da família? Ou ainda, por que é tão difícil achar um lugar seguro pra falar de sexo, saúde e prazer sem ser tratado com julgamento?

Em 2018, o LAMIS mostrou que mais de 30% dos participantes não tinham feito teste de HIV no ano anterior, mesmo considerando isso importante para a saúde de um indivíduo. Mostrou também que a saúde mental desta comunidade está em alerta vermelho, e que a violência — do Estado, das famílias e da rua — ainda é uma das suas principais vulnerabilidades cotidianas. Esses dados não servem só para encher relatórios: eles embasam políticas públicas, ações de prevenção e financiamento de serviços.

Este ano, a nova edição traz perguntas ineeditas sobre PrEP injetável, DoxiPEP, acesso a serviços, racismo, transfobia, homofobia e muito mais. E o melhor: tudo isso foi construído com participação comunitária.

Se você é homem gay, bi, cis ou trans, tem mais de 18 anos e mora no Brasil, particiope dessa pesquisa respondendo ao questionário agora mesmo. É segura e não precisa informar nome nem e-mail. Mas o impacto que ela pode ter na vida de todo mundo que vive o que você vive é gigante.
E se você não faz parte do público-alvo, mas trabalha ou conhece alguém que faz: espalhe esse link. Publique no grupo do zap e poste nas suas redes sociais. Incentive seus amigos a responderem. Mande no aplicativo de pegação, no grupo da sauna, onde for. Porque se a gente não responde, outros vão falar por nós. E a gente já sabe como isso costuma acabar.

Bora participar? É só clicar nesse link.
Sua resposta pode ajudar a criar um mundo mais acolhedor para todos nós.

*Texto postado originalmente na seção VivaBem do UOL.

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