A ansiedade provocada pelo HIV

A ansiedade provocada pelo HIV

Em junho de 2025, completaram-se 44 anos desde que os primeiros casos de infecção por HIV foram relatados na comunidade científica internacional. De lá pra cá, presenciamos uma avalanche de pesquisas que conseguiram levar ao desenvolvimento de inúmeras tecnologias que facilitaram enormemente a prevenção, o diagnóstico e o tratamento dessa infecção. 

Apesar de todo o desenvolvimento científico na área, para boa parte da população o assunto HIV/Aids ainda hoje é motivo de ansiedade e desespero. É comum, por exemplo, encontrar em indivíduos recém diagnosticados com esta infecção o sentimento de culpa e morte. 

Pensando cientificamente, nenhum desses dois sentimentos negativos faz sentido. Por que sentir culpa se ninguém se infecta com o HIV premeditadamente e nem mesmo como castigo devido a uma atitude que tomou? E por que pensar em morte se hoje temos um tratamento antirretroviral potente e seguro, capaz de garantir a saúde e a qualidade de vida de todos os que têm boa adesão a ele? 

Acontece que o mundo não é feito apenas de ciência. E sabemos que, pensando nesse assunto do ponto de vista social, o diagnóstico de uma infecção por HIV ainda é associado com frequência ao “impuro”, ao “promíscuo” e ao “comportamento errado”, mesmo que essa associação seja fruto de puro preconceito e discriminação. E assim, o medo do julgamento negativo da sociedade faz com que muitos simplesmente fujam do assunto HIV. 

O medo do julgamento, portanto, atua como um obstáculo para que indivíduos vulneráveis à essa infecção acessem informações sobre saúde sexual, testagem para HIV, métodos de prevenção e até mesmo o tratamento antirretroviral, depois do diagnostico desta infecção 

De fato, é verdade que tal leitura social equivocada do HIV tem diminuído nos últimos anos, sobretudo depois da expansão da terapia antirretroviral altamente eficaz para o HIV e da expansão da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), mas ainda está longe de ser algo superado no Brasil. 

Intervenções terapêuticas psicológicas com o objetivo de desarmar esse pânico com o HIV podem ser bastante úteis para que indivíduos consigam lidar com o tema de forma madura e atualizada em suas vidas. Tais intervenções podem ser ainda mais frutíferas quando acompanhadas de acolhimento, escuta especializada e confiança por parte do profissional da saúde psicólogo. 

Pensando nisso, a VenLibre passou a disponibilizar teleatendimento de psicologia realizado por profissionais capacitados para ajudar pessoas que enfrentam problemas de ansiedade relacionada ao HIV ou outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). 

Para saber mais informações acesse venlibre.com.

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